5 dicas para comprar melhor em lojas de fast fashion

09:53

Antes de compartilhar as dicas que acumulei durante os anos que fui consumidora desse tipo de loja, quero falar sobre outras coisas também importantes. Quem acompanha as minhas outras redes sociais e conhece os meios de produção da minha marca, camila.betini, sabe que atualmente eu não sou mais uma cliente regular das lojas de departamento (Riachuelo, Reneer, C&A e tantas outras). Primeiro porquê hoje eu produzo praticamente todas as peças que uso e segundo porquê não "concordo" com os meios de produção dessas lojas, que muitas vezes não sabemos nem como são. 

Apesar disso, entendo e já passei pelo momento na vida em que essas lojas eram as únicas que cabiam no meu estilo e no meu bolso ao mesmo tempo. Para muitas pessoas, elas ainda são a forma mais rápida de consumir a moda das passarelas e a presente na mídia. Mas eu acredito que exista uma maneira de consumir essas peças de uma forma mais consciente e é isso que quero trazer para vocês em cada dica abaixo. 


A dica número zero que aparece por aqui em quase todos os posts é a mais importante delas, por isso resolvi chamá-la de zero. Ela é a dica base para qualquer coisa na moda: conheça o seu estilo! Saiba quem é você na moda. Observe os lugares que frequenta, o estilo de vida que tem e, principalmente, conheça o seu corpo. Escolha sempre as peças que vão de encontro com o seu estilo, com o que lhe cai bem e com o que valoriza tudo de bom que você tem e quer mostrar.

1 - treinar o olhar "qualitativo": não ter poder aquisitivo para consumir marcas mais caras não significa que você não possa entrar em contato com elas e descobrir quais são os fatores de qualidade que elas dispõem. Prestar atenção na qualidade dos tecidos, nas costuras, no caimento da peça no corpo e na modelagem das peças são dicas valiosas que ajudam a escolher as peças que durarão por mais tempo no guarda roupas.

2 - experimentar as peças antes de levar para casa: uma dica que parece ser óbvia, mas que já vi muita gente por aí deixando de provar peças básicas por causa de filas ou falta de tempo. Sabe aquela camiseta que você jura que vai cair como uma luva em você e, por isso, não vale a pena perder seu precioso tempo provando na loja? É só no corpo que conseguimos ver se a modelagem é, de fato, boa, que o tecido cai bem, que as mangas são confortáveis... Experimente!


3 - avaliar custo benefício em relação às tendências imediatistas: na minha opinião, depois de descobrir o seu estilo e segui-lo, essa é a dica mais importante! A mídia lança tendências o tempo todo e nem todas elas vão de encontro ao nosso estilo na moda, ao nosso tipo de corpo e ao estilo de vida que temos. É importante avaliar o quanto aquilo que você deseja comprar faz parte de você. Quando o auge da tendência passar (e vai ser rápido!), você ainda vai usar o que comprou ou vai ficar como mais uma peça esquecida no armário? Mesmo a mulher mais fashonista e antenada não precisa ser vítima de todas as tendências

4 - lembrar do que já possui no guarda roupas: essa é uma dica que quase ninguém segue, né? Eu mesma, por muito tempo, não fazia nem ideia do que é que eu tinha no meu guarda roupas. Não fazia ideia de quais eram as peças que eu precisava para ajudar a compor os looks que eu queria. A organização do seu guarda roupas pode ser um fator importante para te lembrar de tudo aquilo que você tem. E ah! Aplicativos de celular também podem ser úteis, caso você tenha muita coisa. Há muito tempo eu falei do ModaIt aqui. Eu não sei se ele ainda existe, tá? Se você for olhar e descobrir algo novo conta pra gente nos comentários?


5 - avaliar as peças de fast fashion com um olhar mais slow: essa dica tem muito a ver com a dica número 3. As lojas de fast fashion também estão recheadas de peças básicas, coringas e que podem permanecer por anos compondo nossos looks. Entender um pouco sobre o funcionamento da moda é indispensável para avaliar peças slow. Existem peças que podem ser bem utilizadas o tempo todo, independente de tendências. Blazers, jeans, camisas com um bom corte e costuras, nossos pretinhos básicos (nada básicos), peças de inverno...

E a dica bônus, Camila, cadê? Eu não me lembro quanto tempo tem, mas eu comecei a mesclar o meu estilo pessoal ao minimalismo e isso diminuiu grande parte dos meus problemas em me vestir. Eu era sim uma pessoa que passava horas na frente do guarda roupas provando tudo e fazendo a maior bagunça antes de sair. Hoje, meu guarda roupas é composto basicamente por roupas pretas, brancas, cinzas, vermelhas e tons pasteis. Tudo combina com tudo e a única decisão que eu preciso tomar quando vou me vestir é: para qual tipo de ocasião eu preciso me vestir agora? Um dos próximos posts (talvez na semana que vem) será sobre as peças mais coringas que eu tenho no meu armário. Fiquem ligadas que, saber disso, talvez te ajude a mudar um pouco a sua relação com a moda.

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